Itamaraty: acordo entre Chávez e Santos é bom para a America Latina
Hugo Chávez, presidente venezuelano, e Juan Manuel Santos, da Colômbia |
O Brasil comemorou ontem (10) o fim do impasse envolvendo a Venezuela e a Colômbia. Para o governo brasileiro, o restabelecimento das relações diplomáticas deve ser motivo de satisfação e a oportunidade para retomar o dinamismo e o entendimento na região. Em nota oficial, divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo se coloca à disposição para cooperar na consolidação do acordo de paz firmado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, e pelo colombiano, Juan Manuel Santos.
O Brasil reitera sua disposição de seguir cooperando - por meios bilaterais e no âmbito da Unasul [União de Nações Sul-Americanas] - com as autoridades venezuelanas e colombianas para consolidar esta nova etapa de diálogo, em benefício da paz e da prosperidade regionais", informa a nota oficial do Itamaraty.
Além disso, o Brasil ressalta, no texto, a importância do diálogo entre Caracas e Bogotá para o avanço da integração sul-americana. "O governo brasileiro manifesta seu apreço pelas gestões empreendidas pelo secretário-geral da Unasul, Néstor Kirchner, para a promoção do entendimento entre a Venezuela e a Colômbia."
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o entendimento entre a Venezuela e a Colômbia dará um novo impulso às relações políticas e econômicas na região. "O governo brasileiro congratula-se com os governos da Colômbia e da Venezuela pela decisão, que abre nova oportunidade para a retomada do dinamismo e do entendimento que historicamente caracterizam as relações entre os dois países", diz a nota.
Ontem (10), depois de cerca de quatro horas, Chávez e Santos concluíram a reunião que selou o acordo de paz informando ter "virado a página" da crise diplomática que envolvia os dois países. É a retomada dos os vínculos políticos, diplomáticos e econômicos entre Caracas e Bogotá. Eles se comprometeram ainda a estabelecer um maior controle fronteiriço para evitar o trânsito de grupos armados.
Ambos os presidentes concordaram ainda com a criação de uma comissão que deve tratar de cinco pontos. Um deles é o pagamento da dívida da Venezuela com os empresários colombianos, estimada em US$ 800 milhões.
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