Greve da PM gera crise na Bahia; 94 mortos no Estado
Mais de 3 mil tropas federais foram mobilizadas para tentar sufocar o protesto e garantir a segurança da população e dos milhares de turistas esperados para passar o Carnaval no Estado.
Os grevistas ocuparam a sede da Assembleia Legislativa e o local foi cercado por 1.000 homens do Exército, que entraram em confronto com manifestantes que tentaram entrar no local nesta segunda.
Membros das Forças Armadas usaram balas de borracha e bombas de gás para dispersar os manifestantes, que queriam se juntar a cerca de 200 policiais militares e seus familiares que ocuparam a Assembleia estadual.
O governo do Estado diz que está negociando com os grevistas, que, liderados pela Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), pedem reajuste salarial, aumento das gratificações e anistia aos participantes da paralisação.
A greve, de acordo com estimativas da Polícia Militar do Estado, atingiu cerca de 20 por cento da força de 31 mil homens.
"Estamos com duas frentes de negociação. Uma em relação à desocupação (da Assembleia), e outra em relação ao movimento", disse à Reuters o secretário de Comunicação do governo baiano, Robinson Almeida.
Segundo o secretário, a administração do governador Jacques Wagner (PT) já ofereceu reajuste salarial de 6,5 por cento retroativo a 1o de janeiro e está aberta a negociar as gratificações.
O governador apontou o envolvimento de policiais em tomadas de ônibus para bloquear vias e a alguns do assassinatos nos últimos dias. Desde o início da greve, na noite de terça-feira (31).
O governador afirmou que a greve na Bahia está sendo orquestrada nacionalmente para pressionar a aprovação da PEC-300, a proposta de emenda constitucional que cria um piso nacional para os policiais.
(Reuters/Folha)
0 comentários:
Postar um comentário
A opinião do nosso leitor é: