O deputado estadual Bruno Covas (PSDB) foi escolhido presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito instalada hoje (6) na Assembleia Legislativa de São Paulo para apurar os valores dos pedágios no estado e o modelo de licitação utilizado pelos governos tucanos desde a gestão de Mário Covas, avô do deputado que comandará os trabalhos na CPI. A comissão terá a relatoria do deputado Davi Zaia (PPS). O autor do requerimento com o pedido da CPI, deputado Antonio Mentor (PT), foi “brindado” com a vice-presidência. Segundo a tradição da Casa, o proponente da CPI é o escolhido para a presidência, regra que ainda não tinha sido quebrada em nenhuma CPI nesta legislatura – esta é a primeira comissão instalada por requerimento da oposição a Geraldo Alckmin (PSDB).
Membros da oposição na comissão e mesmo deputados que não integram o colegiado manifestaram indignação com a escolha do presidente e do relator, além da composição escolhida pela base de Geraldo Alckmin para a comissão. Dos nove membros do colegiado, três deixaram o governo estadual, onde exerciam até recentemente cargos de primeiro escalão: o próprio Bruno Covas (ex-secretário do Meio Ambiente), o relator da CPI, Davi Zaia (Gestão Pública), e Edson Giriboni (Saneamento), do PV. A votação foi de 5 a 3 a favor de Covas assumir a presidência. O deputado Aldo Demarchi (DEM) foi o único da base do governo que votou no nome de Mentor, segundo ele, para “manter a tradição”.
“É muito estranha a composição dessa CPI. A tropa de choque organizada pelo governo Alckmin agiu para obstruir qualquer tentativa de desvendar o esquema de concessão de estradas em São Paulo”, disse o deputado João Paulo Rillo, líder do PT na casa. “Será que nesse modelo de concessão não mora um esquema que financia campanhas e a perpetuação do mesmo grupo no poder?”, questionou.
Por: Brasil 247
0 comentários:
Postar um comentário
A opinião do nosso leitor é: