Diminui a gravidez na adolescência
A médica Greice Menezes, pesquisadora do Programa de Estudos em Gênero e Saúde (Musa) do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), autora de um estudo em três capitais brasileiras - Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre - intitulado Gravidez, Aborto e Juventude, confirma esse resultado e cita como motivos desta queda a escolaridade das jovens, que é maior; hoje as mulheres têm outros projetos de vida e o excesso do uso de contraceptivos. “Por outro lado, o aborto é um dos fatores, junto com os contraceptivos”, enumerou.
A pesquisadora afirma que durante muito tempo a mídia alardeou o acréscimo de gravidez na adolescência, o que de fato nunca ocorreu, citando os censos dos últimos tempos, desde 2000, que vêm mostrando um decréscimo no número de adolescentes grávidas e também em mulheres adultas. Sobre a gravidez na adolescência, a médica revela que “este período em que é hoje desaconselhável ter filho é muito variável, porque se observa que há 50 anos atrás era o ideal entre uniões estáveis”, observou.
Para o Ministério da Saúde, o motivo da redução são as campanhas destinadas aos adolescentes e a ampliação do acesso ao planejamento familiar. Só no ano passado, foram investidos R$ 3,3 milhões nas ações de educação sexual e reforço na oferta de preservativos aos jovens brasileiros. Nos últimos dois anos, 871,2 milhões de camisinhas foram distribuídos para toda a população. Qualquer pessoa pode retirar as unidades nos postos de saúde.
0 comentários:
Postar um comentário
A opinião do nosso leitor é: