Oposição faz politicagem com crime
A atitude dos ex-governadores Paulo Souto e Cezar Borges, e do ex-ministro Geddel Lima, minutos depois do assassinato do delegado Clayton Leão, ouvido ao vivo através de uma emissora de rádio, causou revolta.
O corpo ainda estava no local e a esposa do delegado gritava em desespero, quando os oposicionistas soltaram notas atacando o Governo da Bahia pela morte. Um ataque de cunho eleitoreiro, fora de lugar e hora. A reação foi forte.
O governador Jaques Wagner se indignou. "Não reconheço autoridade em nenhum dos dois para falar sobre a segurança pública. Um ficou 16 anos no poder, como governador, vice e senador e não parece que tenha deixado uma boa polícia".
"O outro é um franco atirador que vai vender todas as ilusões do mundo para tentar se qualificar". Para Wagner, "é natural que a oposição faça críticas, mas a gente espera maturidade. Há uma viúva, uma família e corporação sentindo a perda".
O deputado federal Walter Pinheiro (PT) lembrou o passado dos dois ex-governadores. "Eles são responsáveis pelo crescimento da violência e não têm autoridade para se aproveitar de um crime trágico para se promover politicamente".
"São abutres tentando fazer desse episódio um processo de favorecimento político. Eles esquecem das responsabilidades de quando foram governadores e lavaram as mãos o tempo todo. Qual foi a contribuição que eles deram?”
O prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, lamentou o crime em nota oficial. "A morte de Clayton Leão, sem dúvida alguma, é uma retaliação desesperada da bandidagem, por causa do trabalho competente e eficiente que o delegado realizava".
"Clayton Leão sempre foi um exemplo de policial sério, honesto, que não contemporizava com a criminalidade. Com firmeza e determinação, combatia, de forma implacável, todos os tipos de fora-da-lei. Justamente por isso teve a vida ceifada".
O prefeito Luiz Caetano decretou luto oficial de três dias no município
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