quarta-feira, 28 de julho de 2010

28 de julho: Dia Mundial de Combate à Hepatite


A partir deste ano, 28 de julho passa a ser o Dia Mundial de Combate à Hepatite. A ocasião era celebrada anteriormente no dia 19 de maio, porém uma assembléia mundial de ministros da saúde acontece na mesma época e estava tirando o foco da urgente necessidade de difundir a luta contra a doença.
O vírus da hepatite atinge atualmente cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo, mas grande parte não sabe ainda que está infectada. A doença é uma inflamação no fígado que, dependendo do caso, pode evoluir para um câncer rapidamente. Segundo a subsecretária de Saúde de Teresópolis Luciana Borges, a prevenção é fundamental.
A hepatite A é transmitida pela água e alimentos contaminados, em relação a isso a gente tem que ter higiene, tem que ter o cuidado no manusear dos alimentos. A hepatite B é transmitida por relação sexual, por gestantes aos bebês e por usuários de drogas que compartilham equipamentos contaminados. Em relação a hepatite B, a gente tem a vacina que é dada desde o primeiro mês de vida para as crianças em 3 doses e para os adolescentes que ainda não tomaram na época de bebês. A hepatite C é talvez a mais grave e também é transmitida por relação sexual e uso de drogas. Ainda não existe vacina e pode evoluir para o câncer de fígado”, afirmou Luciana.
O câncer de fígado, em consequência da cirrose hepática, é a 5ª maior causa de morte por câncer no mundo, totalizando 500 mil mortes por ano. A subsecretária explicou que nos tipos B e C é importante que não haja troca de sangue, que se use camisinha nas relações sexuais, que a mulher quando grávida faça seu pré-natal adequado, acompanhando clinicamente e se estiver contaminada pode haver tratamento para a criança a partir do nascimento.
“A mensagem que fica é a seguinte: nós somos os donos de nossos corpos, então temos que protegê-los por relação sexual segura e se for usuário de drogas injetáveis, usar equipamento próprio”, concluiu Lucina Borges.

• Hepatite A
Doença aguda do fígado causada pelo vírus HAV. Dura de algumas semanas até alguns meses e não resulta em infecção crônica. A transmissão se dá por ingestão de material fecal, mesmo em quantidade microscópica, alimentos e bebidas infectadas, e do contato próximo com pessoa infectada. A vacina para hepatite A é recomendada a todas as crianças a partir de 1 ano de idade.

• Hepatite B
Causada pelo vírus HBV. Varia de gravidade, indo de doença moderada, que cura em algumas semanas (aguda), até doença séria de longo prazo (crônica), que pode resultar em câncer no fígado. A transmissão se dá por contato com sangue, sêmen e outros fluidos corporais infectados ao ter relações sexuais com pessoa infectada, compartilhamento de agulhas e drogas injetáveis, e de mãe para bebe recém-nascido. A vacina para é recomendada a todas as crianças, e adultos sob risco de contaminação pelo HBV.

• Hepatite C
Causada pelo vírus HCV. Algumas vezes resulta em doença aguda, porém geralmente é crônica e pode levar a cirrose e câncer no fígado. A transmissão se dá pelo contato com sangue de pessoa infectado, geralmente ao compartilhar agulhas e drogas infectáveis. Não existe vacina para a hepatite C.

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