Pais de estudante são indiciados por vazamento no ENEM

Dez pessoas foram ouvidas em dez dias de investigação nas cidades de Juazeiro (BA), Remanso (BA), Petrolina (PE) e São Raimundo Nonato (PI) com realização de perícia, quebra de sigilo telefônico e diligências. As investigações foram concluídas na tarde da terça-feira (23) e o inquérito foi enviado à Justiça Federal em Juazeiro.
Os pais de Eduardo Ferreira Afonso Júnior, que estuda no cursinho pré-vestibular no Colégio Geo, em Petrolina, confessaram ter vazado o tema da redação, mas não chegaram a ser presos pela Polícia Federal e responderão ao inquérito em liberdade, já que não oferecem riscos à comunidade.
A mãe, Marenilde Brito Afonso, professora do Colégio Ruy Barbosa em Remanso e fiscal da prova do ENEM na cidade, conseguiu ver um dos temas base da redação durante a abertura da prova ampliada destinada a deficientes visuais, duas horas antes do início do exame geral, e repassou ao marido Eduardo Ferreira Afonso.
O pai, que é vice-presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Remanso, iniciou uma pesquisa na internet e depois alertou o filho em Petrolina sobre o tema, mas sem entrar em detalhes sobre a fonte da informação.
Em liberdade – O laudo da PF sobre exame feito no computador da família aponta sete acessos em busca do assunto ‘trabalho e escravidão’, título de um texto motivador da redação que tinha como tema real ‘O Trabalho na Construção da Dignidade Humana’.
Segundo a PF, durante as investigações, os pais inicialmente tentaram esconder os fatos, mas, quando se deram conta das evidências apresentadas, confessaram e colaboraram com a polícia.
Apesar do vazamento parcial, o Ministério da Educação (MEC) descarta a possibilidade de anular as provas.
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