Faleceu por volta das 5:55 da tarde de ontem terça feira (5) o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com apenas 58 anos de idade, vítima de complicações de um câncer na região da pélvis, após sofrer cerca de quatro cirurgias e um rigoroso tratamento a base de quimioterapia.
Hugo Rafael Chávez Frías foi um político e militar venezuelano. Foi o 56º presidente da Venezuela. Foi líder e criador da Revolução Bolivariana, Chávez advoga a doutrina bolivarianista, promovendo um novo socialismo do século XXI. Nasceu em 28 de julho de 1954 em uma casinha de palha humilde na zona rural de Sabaneta, estado de Barinas. De familia pobre onde viveu sua infância ao lado de seu pai o professor Hugo de los Reyes Chávez e mãe Elena Frías de Chávez, alem de seus irmãos Adán Chávez e Aníbal José Chávez Frías. Aos 17 anos, em 1971, entrou para a Academia de Ciências Militares da Venezuela, na qual se formou em 1975, ao 21 anos.
Povo Venezuelano chora a morte de Chávez |
Em 1989, Caracas foi o cenário de violência do governo contra o povo que protestava contra medidas neoliberais tomadas pelo governo do presidente Carlos Andrés Perez que gerou uma crise econômica vivida pela Venezuela. Foi neste cenário que, em 1992, Chávez e outros militares tentaram uma revolução militar para depor Carlos e cessar a violência. Numa manhã de fevereiro, cinco esquadrões de soldados tomaram partes de Caracas, incluindo o palácio presidencial Miraflores, mas falharam em manter o controle da cidade.
A tentativa não deu certo e Chávez foi encarcerado pelo regime da época. Antes do cárcere, Chávez foi entrevistado por jornalistas que falou ao povo, começando a criar simpatia entre a população mais pobre da Venezuela.
Carlos Perez, no entanto, não resistiu a um escândalo de corrupção que acabou o derrubando, em 1993. Rafael Caldera, vencedor das eleições de 1994, concedendo anistia a Chávez. Chávez deixou a carreira militar de lado, entrou para a política. Em 1997, Chávez transformou o até então clandestino MBR em partido político, criando o Movimento da Quinta República.
Em 1998, já conhecido e contando com amplo apoio popular, Chávez concorreu e venceu as eleições presidenciais, com expressivos 56% dos votos no primeiro turno. Em 1999, em uma de suas primeiras ações, foi convocar uma Assembleia Nacional Constituinte. Ele propôs e conseguiu implementar uma nova constituição, na qual mudava o nome do país para República Bolivariana da Venezuela, e abria espaço para uma série de projetos populares, facilitados pela ferramenta jurídica da Lei Habilitante. Uma das medidas mais marcantes foi a Lei de Hidrocarbonetos, que colocava em 51% a participação estatal no setor petrolífero.
A alteração da Constituição exigia que novas eleições fossem realizadas para a formação de um novo governo. Em 2000, Chávez e seus aliados foram eleitos sem dificuldades (o presidente inclusive superou o desempenho de 1998, abocanhando 60% dos votos).
Em 2002, Chávez enfrentou uma tentativa de golpe e assassinato patrocinado por políticos de direita e por parte do exercito. Em 11 de abril de 2002, o grupo fortemente armado sob pretexto da demissão da direção da Empresa Nacional de Petróleo, invadiram o palácio e deram ordem para matarem a Chávez. Como não conseguiram, o General Carmona que estava no comando do golpe, forjou uma falsa renuncia. A farsa gerou uma série de revoltas popular por todo o país, pedindo seu retorno. Sem forças, os golpistas que receberam apoio de imediato do presidente Bush dos EUA e do primeiro ministro da Espanha, se viram acuados e abandonaram o poder. No clamor do povo, Chávez foi reconduzido ao governo do pais.
A pressão midiática contra Chávez, oriunda especialmente das classes média e alta, dos meios de comunicação privados nacionais e internacionais que o tratava de sataniza-lo, manteve-se. Contestado, Chávez se submeteu a um referendum em 2004 sobre sua permanência no poder. Com aprovação maciça de 58,25% dos votos, ele usou o ensejo para expandir seus programas sociais. Em 2005, a oposição boicotou as eleições parlamentares, consideradas parciais ao governo. Todos os assentos acabaram tomados pelos aliados de Chávez, que, em 2006, reelegeu-se presidente, com 74% dos votos a seu favor.
Uma das primeiras medidas de Chávez em seu terceiro mandato foi a criação do Partido Socialista Unido da Venezuela (Psuv), formado com o objetivo de unificar as forças de esquerda do país. Em 2009, após aprovação em um novo referendo, ele reelaborou a Constituição, na qual estabelecia reeleições infinitas para a presidência, abrindo espaço para especulações sobre um novo mandato a partir das eleições de 2012.
Durante seu governo, a Venezuela saiu do abismo econômico foi criado vários benefícios para os mais pobres como a "missão casas" que doou milhares casas a quem não tinha, criação de cadastro para vender alimentos e remédios pela metade dos preços aos mais pobres, melhorias na infraestrutura do país, a "missão barrio adentro" que levou médicos para atender a população em áreas remotas, criação de meios de comunicação alternativos e lançamento de satélites, distribuição de "canaymas" (especie de netbooks) a todos os alunos da rede publica de educação com conteúdo educativo, ampliação das redes educacionais pelas áreas mais remotas, investimento massivo na preparação técnica de mão-de-obra, redução no desemprego, nacionalizou vários multinacionais, crescimento da produção petrolífera entre outras, alem de auxilio diversos aos mais pobres por todo o mundo, como por exemplo nos Estados Unidos, onde havia o fornecimento gratuito de gás para aquecedores de quem não tinha como pagar, isto fornecido pelo governo de Chávez.
Porém esta agenda começou a ser interrompida em 30 de junho de 2010, quando Chávez anunciou que se recuperava de um câncer. Desde então, foram diversas idas e vindas de Cuba, onde buscou tratamento. Mesmo após aparecer careca depois da quimioterapia e com inchaços pelo corpo, Chávez teve gás e energia para entrar em uma campanha eleitoral, onde deu tudo de se e com a mesma vitalidade alçou a posição de uma das pessoas mais influentes do mundo segundo a revista Time nos anos de 2005 e 2006. Ele realizou diversos discursos e animou a multidão que o seguia. Coseguiu ser eleito mais uma vez no passado 7 de outubro.
Chávez casou-se com Nancy Colmenares (de 1977 a 1995) depois com Marisabel Rodríguez de Chávez (de 1997 a 2004), e deixou 4 filhos, sendo Rosines Chávez, María Gabriela Chávez, Rosa Virginia Chávez, Hugo Rafael Chávez.
Nos do Blog Ed Santos, lamentamos profundamente enlutados pela perda de Chávez. Más com a certeza de que a semente tem que ser plantada para germinar e gerar muitos frutos. Viveremos e vencemos! Hasta siempre comandante Chávez!
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