Apesar dos números expressivos – 7,7 milhões de brasileiros, sendo mais de 6 milhões por meio de urnas físicas e 1,74 milhão pela internet, votaram a favor de uma constituinte exclusiva para uma reforma política em plebiscito popular organizado por 477 entidades no começo de setembro – a mídia familiar ignorou a consulta, escreve Tereza Cruvinel, em nova coluna publicada em seu blog no 247.
"Parece claro que, assim como a grande mídia ignorou a consulta informal, os partidos e os caciques vão se opor à realização da constituinte exclusiva, embora existam propostas neste sentido", comenta Tereza. "O argumento das elites políticas já está elaborado", acrescenta a jornalista, ao trazer à tona o fato de que uma constituinte exclusiva "só teria sentido se deliberasse por metade mais um dos votos, embora isso não esteja expresso na consulta realizada".
"Já se pode ouvir o aviso de que 'não passará'", escreve a colunista, em referência à aprovação da proposta no Congresso. "Mas se por maioria qualificada de 3/5 também não passa, estamos condenados a viver com este sistema que propicia baixa legitimidade, distorções na representação, caixa dois e corrupção?", questiona Tereza, que lembra que, se o povo quiser, a Casa pode ser levada a fazer mudanças necessárias e urgentes no sistema político-eleitoral.
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