Ao receber o relatório da Comissão Estadual da Verdade, sobre as violações a direitos humanos ocorridas no período de 1964 a 1985 no estado. São cerca de 300 páginas, indicando 538 pessoas vítimas da repressão política na Bahia. Dos 426 mortos ou desaparecidos, diz o relatório, 32 são baianos. Desses, dez foram mortos na Guerrilha do Araguaia.nesta segunda-feira (29),
O governador Jaques Wagner disse que "é um equívoco" tratar as Forças Armadas como "responsáveis exclusivas" pelos crimes cometidos durante a Ditadura Militar brasileira. Futuro ministro da Defesa, o petista afirmou que "não se pode esquecer que ninguém se sustentaria sem apoio político da sociedade civil".
"Existe um personograma de quem levou as Forças Armadas por esse caminho, inclusive civis, empresários, até da comunicação da época. Isso foi construído com lideranças da época. Quando a gente foca apenas nas Forças Armadas, a gente dificulta a busca da verdade", disse Jaques Wagner, que acompanhará as atividades de Marinha, Aeronáutica e Exército na Esplanada dos Ministérios.
Ele avalia que "é importante revisitar a história", para que os fatos sejam de conhecimento público. "Nós não podemos ter duas histórias aqui. Nós podemos ter duas versões da história, mas a histórica fática existe e é uma só. Alguém pode dar uma versão, interpretar que esse foi culpado ou não, mas a verdade dos fatos é colocada para análise de todo mundo".
Jaques Wagner comparou a distensão com forças ligadas ao antigo regime a um transatlântico e sugeriu que são necessários "movimentos suaves" para evitar um choque entre passado, presente e futuro.
"Eu preciso ganhar a sociedade para isso. Vocês viram pessoas recentemente levantando bandeira para o retorno da ditadura. Eu acho que qualquer precipitação não contribui. Tem muita coisa que está acontecendo e não necessariamente vem a público e virá quando estiver consolidado".
Do Brasil 247
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