quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

MADURO PREPARA VENEZUELA PARA A GUERRA CONTRA PARAMILITARES

Convencido de que os Estados Unidos trabalham para fomentar uma guerra civil na Venezuela, à semelhança da Síria e Líbia, com o fim de apossar-se do maior manancial de petróleo mundo existente naquele país, o presidente Nicolás Maduro determinou agora há pouco ao ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López, e à ministra do Interior, almirante, Carmen Meléndez, “colocar as forças policiais e militares da pátria em alerta máximo”.
Maduro, que há uma semana desbaratou uma tentativa de golpe cívico e militar, denuncia desta vez que “paramilitares estão sendo infiltrados, a partir da Colômbia, para gerar tumulto e violência em seu país: “Querem infiltrar grupos armados treinados pelos paramilitares da Colômbia, obedecendo a ordens do norte (Estados Unidos), para destruir a pátria de Bolívar”.
Para contraatacar as investidas externas e internas contra a revolução bolivariana, iniciada por Hugo Chávez há 15 anos, Nicolás Maduro afirmou que o desafio é produzir mais e garantir o cumprimento das metas (do governo nacional). Para isso, fez um chamamento aos trabalhadores a permanecer de sobreaviso ante os ataques da ultradireita. Por fim, solicitou o respaldo da classe operária para defender a democracia e a paz na Venezuela.
Antes a rede de elevisão Multiestatal Telesur transmitiu um documentário sobre as denúncias de violações dos direitos humanos, em que comprova, com imagens, que a prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, ocorrida na semana passada, se deu com base judicial e sem qualquer tipo de violência como a relatada pela mídia internacional. Segundo este relato, Ledezma sofreu violência física e foi sequestrado por indivíduos encapuzados. O vídeo da telesur, ao contrário, mostra Ledezma caminhando tranquilamente sob a escolta de agentes do serviço de inteligência (Seibin) e ainda fazendo com os dedos o V da vitória.
No mesmo vídeo, a rede venezuelana, também integrada por capital da Argentina, Bolívia, Cuba Equador, Nicarágua e Uruguai, faz um relato dos massacres comandados pelos governos que antecederam Hugo Chávez, mostrando que três mil pessoas foram mortas no Caracazo de 1989, sob o regime do presidentte civil Carlos Andrés Pérez.
"Não há dúvidas a respeito: isolar e derrotar o governo venezuelano é a bola da vez na estratégia norte-americana para recuperar hegemonia na América Latina", diz o jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi e colunista do 247; "Outras administrações também são alvos de operações desestabilizadoras – como é o caso da Argentina e, em certa medida, também o do Brasil. Mas sobre Caracas é a ofensiva mais relevante"; segundo ele, a prisão seguiu trâmites legais; "Golpista de primeira hora em 2002, quando a direita tentou derrubar Chávez, Ledezma foi denunciado por um dos oficiais acusados pelos protestos violentos do ano passado. 

Café na Política

0 comentários:

Postar um comentário

A opinião do nosso leitor é: