O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta
quarta-feira (7), por unanimidade, o parecer do ministro Augusto Nardes pela
rejeição das contas do governo federal de 2014. Devido a irregularidades, como
as chamadas “pedaladas fiscais”, os ministros entenderam que as contas não
estavam em condições de serem aprovadas.
Para Nardes que inclusive é citado na operação zelotes como tendo
participação em esquema de corrupção, ao adotar manobras para aliviar,
momentaneamente, as contas públicas, o governo desrespeitou princípios
constitucionais e legais que regem a administração pública federal. O cenário
no ano passado foi classificada por ele como de “desgovernança fiscal”.
O parecer do TCU será agora encaminhado ao Congresso, que dará a palavra
final sobre o tema. A análise da corte não tem efeito prático, já que funciona
como uma recomendação aos parlamentares. O PSDB alguns partidos de oposição que
usar o argumento para abertura de processo de impeachment da presidente Dilma
Rousseff.
O trâmite prevê que o relatório do órgão de fiscalização seja primeiro
avaliado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso e, depois, pelo
plenário da Câmara e do Senado – ou em sessão conjunta do Congresso Nacional,
caso haja um acordo entre as Casas.
Presente à sessão, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, negou
que o governo federal tenha violado a Lei de Responsabilidade em 2014. Ele
também rebateu a acusação de que o pedido de afastamento de Nardes tenha sido
um ataque do governo à corte, mas sim por que Nardes quebrou o decoro e feriu
as leis ao adiantar seu voto a imprensa protagonizando um show midiatico.
A Advocacia-Geral da União (AGU) fez duas tentativas de adiar o
julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), mas os pedidos foram negados pelo
ministro Luiz Fux.
Antes disso, a AGU havia protocolado no próprio TCU um pedido para
afastar o ministro Augusto Nardes da relatoria do caso, alegando antecipação de
voto. Corporativista, a corte não aceitou. Nardes negou que tenha antecipado o
voto e acusou o governo de tentar “intimidá-lo”.
Entre as supostas irregularidades analisadas pelo TCU estão as chamadas
“pedaladas fiscais” e a edição de decretos que abriram créditos suplementares
sem autorização prévia do Congresso Nacional.
As “pedaladas fiscais” consistem no atraso dos repasses para bancos
públicos do dinheiro de benefícios sociais e previdenciários. Essa prática
obrigou instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil a usar
recursos próprios para honrar os compromissos, numa espécie de “empréstimo” ao
governo.
Informações extraidas do G1
0 comentários:
Postar um comentário
A opinião do nosso leitor é: