Bahia tem um dos mais altos de gasolina no País
Os donos de postos de combustíveis dizem que não têm culpa pelo alto preço da gasolina, que na refinaria, segundo eles, é a mais cara do nordeste. “A refinaria de Salvador vende para a Bahia mais caro do que a todos os outros estados do nordeste. Mesmo assim, na bomba nós temos o 17º preço mais barato do Brasil a nível de gasolina. O posto de gasolina hoje tem um lucro, aqui na Bahia, na faixa de 11% a 12%. Tudo o que existe de R$ 1,06 até R$ 2,40, R$2,45, que é o preço comprado pelos postos de gasolina, são custos tributários e em seguida, custos de distribuição. Então, hoje, o preço da gasolina realmente custa essa faixa de R$ 1,05, mas ela obrigatoriamente tem que ser misturada ao álcool, que é mais caro do que a gasolina. Em seguida, você tem os tributos federais, os estaduais e o custo cobrado pela distribuidora para entregar nos postos’, afirma José Augusto da Costa, presidente do Sindicombustíveis.
O governo decidiu que vai reduzir a mistura de álcool na gasolina de 25% para 20%. Essa decisão foi tomada no início da noite desta segunda-feira (29) numa reunião no Palácio do Planalto entre a presidente Dilma Rousseff; o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o ministro da Fazenda, Guido Mantega; o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro; e a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.De acordo com Lobão, a medida entra em vigor no dia 1º de outubro e vai valer por tempo indeterminado. "Vamos modificar a resolução no momento em que acharmos que temos segurança", disse o ministro.
Lobão afirmou que esta é mais uma "medida de precaução" do governo contra o risco de desabastecimento de etanol no mercado brasileiro e o aumento do preço do produto para o consumidor. A oferta do combustível não vem acompanhando a demanda nos postos.Devido à mistura, o aumento do preço do etanol também estava impactando no preço da gasolina. A decisão desta segunda-feira, porém, deve levar o Brasil a importar mais gasolina, pois as refinarias do país já produzem no limite da capacidade. "Temos que garantir o abastecimento [de etanol] olhando para este ano e para o próximo também. Porque verificamos que a safra do próximo ano também não será muito melhor que a atual. Então, temos que tomar providências desde logo, para garantir o presente e o futuro", declarou ele.
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