Projeto de lei de deputada baiana é contra as letras maliciosas e difamatórias
Com o retorno dos trabalhos na Assembleia Legislativa baiana, segunda-feira (1), a deputada estadual Luiza Maia (PT) espera chegar à 32ª assinatura para encaminhar o projeto de lei de sua autoria para votação ainda neste semestre, que pretende proibir que o governo do Estado e prefeituras baianas contratem bandas que executam músicas com letras ofensivas às mulheres. A proposta está dando o que falar. Se o projeto for aprovado, dezenas de bandas de pagode baianas podem deixar de participar de eventos financiados por prefeituras e pelo governo do Bahia. O programa “Fantástico” (TV Globo) de domingo (31), exibiu uma reportagem sobre a polêmica e promoveu uma votação no site do programa, para saber se os espectadores eram “Contra” ou “A Favor” da proibição. O resultado mostrou que 57% dos internautas são a favor da aprovação da nova lei estadual.
Em entrevista a um jornal de Salvador, a deputada Luiza Maia disse que gosta de sonoridade do pagode, mas não consegue compreender como alguns artistas se dedicam a compor músicas que ofendem as mulheres “creio que a política também é uma forma de educar e é isso que ela pretende fazer com a proibição”. Na Assembleia, o projeto está sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e ainda deve passar por outras três comissões para entrar na pauta de votação. Até lá, muita polêmica e discussão entre os baianos podem amadurecer o projeto, que começou a ser elaborado no dia 8 de março deste ano, no Dia Internacional da Mulher. O vocalista da banda LevaNóiz, André Ramon, discorda do projeto ao considerar que as músicas transmitem alegria para o público. “A maldade está na cabeça das pessoas, porque o intuito da gente não é levar maldade para as pessoas, e sim alegria”, declarou o artista. O projeto também é criticado por outros artistas, que acham que a proposta da deputada deve ser amadurecida através de debates.
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