Numa decisão
surpreendente, o plenário da Câmara rejeitou na madrugada desta quarta-feira
(27) incluir na Constituição a permissão de que as empresas financiem as
campanhas políticas. Capitaneada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), e pela oposição, a proposta teve apenas 264 votos a favor, 44 a
menos dos 308 necessários. Outros 207 votaram contra. O resultado foi a segunda
grande derrota de Cunha no mesmo dia e praticamente sepulta a reforma política
capitaneada por ele e pelo PMDB. O projeto do distritão havia sido barrado por
larga margem horas antes. A constitucionalização das doações privadas tinha o
objetivo de evitar que o Supremo Tribunal Federal proíba as empresas de
financiarem os candidatos. O tribunal já tem maioria formada a favor da
vedação, mas o julgamento está suspenso desde o ano passado devido a um pedido
de vista do ministro Gilmar Mendes. O PT saiu vitorioso na noite e na
madrugada, interrompendo uma série de revezes sofridos na gestão Cunha. O
partido é o grande defensor do financiamento exclusivamente público dos
candidatos. Hoje o financiamento das campanhas é público e privado. A proposta
rejeitada pela Câmara estabelecia que uma lei posterior iria fixará limites
para as doações (hoje já há) e para os gastos de cada campanha específica.
*Informações da Folha de São Paulo.
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