247 – Em meio
a críticas e panelaços contra o governo da presidente Dilma Rousseff, o
ex-presidente Lula discursou no Acre nesta quinta-feira 7 e defendeu a gestão
de sua sucessora, além do ajuste fiscal, que avançou ontem com a aprovação, na
Câmara dos Deputados, da Medida Provisória 665, que endurece o acesso a
benefícios como o seguro-desemprego e foi alvo de críticas até de aliados.
"A gente
não pode medir o governo da companheira Dilma por cinco meses de governo",
disse Lula, lembrando que Dilma "tem história". "A gente sabe da
onde ela veio, sabe o compromisso dela e tem convicção de que a Dilma vai fazer
tudo aquilo que prometeu durante a campanha", continuou. "Tem gente
já achando que o governo acabou", protestou, destacando que a presidente
"tem compromisso com o povo trabalhador desse País".
Ao justificar
o ajuste fiscal, Lula disse que "o Brasil não está vivendo o seu melhor
momento, não só porque tem uma crise internacional, mas porque a presidente
Dilma, para chegar em dezembro de 2014 com o menor índice de desemprego da
história da história desse país, teve que fazer muitos investimentos para
manter os empregos. E uma hora teve que parar porque o dinheiro encurtou".
"Quando a gente fala em ajuste fiscal, todo mundo se assusta, mas toda
dona de casa faz ajuste fiscal, quando vê que o cofrinho tá vazio",
exemplificou.
Lula visitou
hoje, na companhia do presidente da Bolívia, Evo Morales, o projeto Peixes da
Amazônia, um frigorífico e criador de alevinos especializado em produzir peixes
típicos da região amazônica para o mercado nacional e exportação. Também estiveram
na visita o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), o prefeito de Rio
Branco, Marcus Alexandre (PT) e o senador Jorge Viana (PT-AC).
Lula também
discursou em favor do PT, e trouxe à tona o anúncio feito pelo presidente da
legenda, Rui Falcão, na última terça-feira, durante propaganda eleitoral em
rede nacional, de que o partido expulsaria os filiados que fossem condenados.
"O PT, como é composto de seres humanos, também comete erros", disse
Lula. "E quem cometer erro, tem que pagar pelo erro que cometeu. O que a
gente não pode é deixar de reconhecer que este é o partido mais importante da
América Latina", destacou o ex-presidente.
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