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População de Maracás convive com escassez de água potável

A ausência de limpeza e manutenção na última década dos reservatórios naturais das Contendas e da Boca do Mata, é apontada como agravantes para o risco iminente de um colapso no abastecimento de água da cidade de Maracás. Desde o primeiro trimestre deste ano, que o serviço administrado pela Embasa, vem registrando sucessivos problemas.

O presidente do Sindicato da Agricultura Familiar-Sintraf, Cláudio Santiago, responsabiliza pelo problema, a Embasa e a Prefeitura Municipal, que não cuidaram como deviam dos dois mananciais. “A lama que vem sendo formada ao longo de muitos anos nos fundos desses dois reservatórios, impede a vazão normal da água”, diz.

No mês de julho passado foi realizada uma reunião, na Câmara de Vereadores, com a presença de representante da diretoria da Embasa, a situação foi analisada mas, solução ainda não foi apresentada. “No bairro do Morumbí, apenas citando um exemplo, os moradores ficaram 18 dias sem água nos seus tanques”, afirmou Santiago.

Até mesmo os produtores de flores, atividade de referência da economia do município, com receita anual estimada em R$ 400 mil, vem sendo afetados pelo problema. A abertura de poços artesianos e a utilização de antigas sisternas tem sido utilizadas como alternativas para o suprimento das necessidades de consumo da população maracaense. “O mais irônico da situação é que os consumidores continuam recebendo seus recibos, com valores cada vez mais altos”, bombardeia.

Fonte: Wilson Novaes