quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dilma diz que o salário mínimo deve chegar a R$ 600 em 2011 e que vai aumentar o Bolsa Familia

 A presidente eleita, Dilma Rousseff, concedeu entrevista coletiva após o pronunciamento do presidente Lula e garantiu que o salário mínimo e o benefício pago pelo Programa Bolsa Família terão reajustes nos próximos anos. Em seu discurso nesta quarta-feira, ela avaliou como positivo o critério até então adotado pelo governo de reajustar o salário mínimo com base na inflação e no Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior. Caso o cenário de PIB crescente se mantenha, a previsão, segundo Dilma, é que o salário mínimo ultrapasse os R$ 600 no final de 2011.
O valor foi o mesmo prometido pelo seu adversário à Presidência da República, José Serra(PSDB). Antes do pronunciamento de Dilla, Lula falou e comentou sobre esta proposta do Tucano, desmerecendo a promessa.
"Isso (o salário mínimo de R$600) era a promessa do Serra. Era o que eles podiam ter feito quando governaram o país. O povo não é mais massa de manobra. Tem gente que trata o povo como boiada, toca o berrante e acha que o povo vai atrás. O povo está sabido, sabe o que é política séria e sabe o que é promessa. É por isso que ela (a Dilma) ganhou sem precisar entrar na fase das promessas fáceis", criticou.
Sobre o Bolsa Família, Dilma reiterou que pretende alcançar 100% de cobertura e maiores benefícios para os usuários, mas admitiu dificuldades no cadastro das famílias pelas prefeituras.
Dilma Rousseff declarou que terá boa relação com governadores da oposição e elogiou o comportamento do governador eleito de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, com quem disse ter dito uma amistosa conversa no início da semana. "Ele apresenta o que eu considero uma forma correta de relacionamento.", garantiu.

Escolha do ministério
Quando questionada sobre a escolha dos ministros que serão nomeados para o governo, Dilma disse que não quer fazer "anúncios fragmentados", mas afirmou que será criteriosa. “Vou anunciar os nomes com muita tranquilidade e não cometeria a temeridade de apresentar nomes individuais”, disse a futura presidente, que se negou a definir data para o anúncio da equipe de seu governo.

Saúde e segurança pública
Dilma afirmou que as áreas da saúde e segurança pública são as que ganharão especial atenção no seu governo. "Essas duas áreas terão minha integral atenção com acompanhamento diário, noturno e nos finais de semana", ressaltou.
Entre as prioridades, Dilma destacou a necessidade de se completar toda a rede pública do SUS. Mesmo assim, a presidenta eleita garantiu que não pretende levar ao Congresso Nacional a recomposição da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), o antigo imposto cobrado sobre as operações bancárias para destinar recursos à saúde pública.



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