sexta-feira, 5 de agosto de 2011


DILMA ACEITA PEDIDO E TROCA JOBIM POR CELSO AMORIM

Jobim
Em sete meses de governo, a presidente Dilma Rousseff demitiu nesta quinta-feira o terceiro ministro, todos indicados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Foram três demissões em apenas dois meses. Depois de Antonio Palocci (Casa Civil) e Alfredo Nascimento (Transportes), foi a vez de Nelson Jobim deixar o Ministério da Defesa. O PMDB, partido de Jobim, tentou ficar com o posto, mas Dilma escolheu outro ex-ministro de Lula, o embaixador aposentado Celso Amorim, que foi chanceler de 2003 a 2010. Jobim perdeu o cargo depois de várias provocações à presidente, com quem nunca teve uma relação próxima. Sua saída foi decidida por Dilma ainda na noite de quarta-feira, quando ela soube do teor das declarações de Jobim à revista “Piauí” . O anúncio oficial da demissão de Jobim foi feito pela ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, por volta de 20h15m. Ela também disse que Dilma havia convidado Amorim para o cargo. Amorim é o segundo diplomata a ocupar o Ministério da Defesa e chegou a ser citado para o cargo em outras crises na pasta. O embaixador José Viegas foi o primeiro ministro da Defesa de Lula, depois substituído pelo então vice José Alencar. Da área militar, a presidente Dilma recebeu sinalizações, logo cedo, de que, apesar da atuação de Jobim no Ministério da Defesa, os comandantes não concordavam com o “comportamento de insubordinação” do ministro em relação à comandante-em-chefe das Forças Armadas.

Amorim
O ex-chanceler Celso Amorim foi escolhido para assumir o Ministério da Defesa por pelo menos duas razões: sua larga experiência em temas relacionados à segurança internacional e por pertencer a uma carreira de Estado, hierarquizada e disciplinada, semelhante à exercida pelos militares. A opinião do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que nunca poupou elogios ao seu chanceler, também deve ter pesado. Nos bastidores do governo, dizia-se[ontem] que o grande desafio de Amorim será conquistar a simpatia da cúpula das Forças Armadas. José Viegas, o último diplomata que assumiu o Ministério da Defesa, não teria conseguido atingir esse objetivo. Nelson Jobim foi o civil que se entendeu com os militares, depois do vice José Alencar. Aposentado desde 2007 do Itamaraty, Amorim estava concluindo um livro sobre sua experiência nos últimos anos e se preparava para voltar a dar aulas. Decidiu suspender esses projetos e atender ao chamado da presidente Dilma. Amorim está em João Pessoa, onde participa de um seminário, e só voltará a Brasília segunda-feira, quando se encontrará com a presidente. Ele foi convidado [ontem] à tarde pela própria Dilma e aceitou.

Dilma
A presidente Dilma Rousseff (PT) estará  nesta sexta-feira (5)   na Bahia, com desembarque  em Salvador previsto para 10h30, acompanhada pelo governador Jaques Wagner, que esteve com ela em Brasília para conversar sobre o sistema de mobilidade urbana a ser definido para Salvador.  Logo em seguida ao desembarque,  Dilma segue para o Gran Hotel Stela Maris, onde participará do lançamento do programa estadual de inclusão produtiva “Vida Melhor”, cujo objetivo é de incentivar a população de baixo poder aquisitivo a gerar sua própria renda com atividades sustentáveis e também a inserção no mercado de trabalho.  O programa estadual tem ligações com o “Brasil sem Miséria”, programa federal de combate à pobreza extrema.  . Em seguida, a presidente vai para Juazeiro, onde inaugurará 1.500 unidades do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que teve investimentos de R$61 milhões e ainda a duplicação da ponte Presidente Dutra, obra de R$10,6 milhões.  Foi cogitado que Dilma  participaria também  da XIV Reunião do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, que acontece nos dias 09 e 10, em Salvador, mas nada foi confirmado pela assessoria.

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