segunda-feira, 21 de março de 2011

Agressão contra Líbia aprovada pela ONU é criticada


O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, criticou hoje a resolução aprovada na semana passada pelo Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) que prevê ações militares na Líbia a fim de proteger civis. Segundo ele, o texto tem imperfeições e lembra "um pedido medieval para a cruzada", informaram agências de notícias.


Já o ministro das Relações Exteriores da Índia, S.M. Krishna, pediu hoje o fim dos ataques aéreos na Líbia que, segundo ele, iriam causar mais danos a "civis inocentes, cidadãos estrangeiros e missões diplomáticas". "Nós lamentamos os ataques aéreos que estão ocorrendo", afirmou ele em Nova Délhi, segundo a agência Press Trust of India e outros meios.


Membro temporário do Conselho de Segurança, a Índia se absteve na votação da quinta-feira que aprovou a resolução contra a Líbia. Já a Rússia, um membro permanente do CS, votou a favor do texto.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, disse hoje, durante visita a Budapeste, Hungria, que o Conselho Nacional Palestino estava "triste" com a violência durante o mês de confrontos na Líbia. Ele não quis comentar a intervenção internacional no país árabe do norte africano.
Nesta segunda-feira, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, foi cercado por um grupo formado por 50 partidários pró-Gadafi, no momento em que ele deixava uma reunião na sede da Liga Árabe, na praça Tahrir, palco central da revolta política no Egito.

Os manifestantes se mostravam indignados com a intervenção internacional na Líbia, e carregavam cartazes com fotos de Gadafi e frases contra a ONU (Organização das Nações Unidas) e os Estados Unidos. Além disso, bloquearam o caminho de Ki-moon e seus seguranças, que tiveram que retornar a sede da Liga e deixar o prédio por uma segunda saída.

Ban Ki-moon pediu às autoridades líbias que cumpram o anúncio de cessar-fogo imposto na noite do último domingo. A medida foi anunciada durante a segunda fase de ataques, dentro da operação "Aurora do Amanhecer", onde as forças militares foram autorizadas a atacar a Libia e criar uma zona de restrição aérea.

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