quarta-feira, 14 de agosto de 2013

KERRY FALA DA ESPIONAGEM PELA INTERNET DOS EUA CONTRA OS BRASILEIROS

O secretário estadunidense de Estado, John Kerry, inicia hoje uma breve visita para dialogar com sua homólogo brasileiro, Antonio Patriota, e finalizar os detalhes da viagem oficial em outubro próximo da presidenta Dilma Rousseff a Washington.
Um sua primeira visita a esta nação desde que assumiu esse cargo em fevereiro último, Kerry chegará a Brasília procedente de Colômbia e se reunirá com Patriota para analisar temas de interesse mútuo, regional e global, bem como os preparativos da visita de Estado de Rousseff aos Estados Unidos, afirmaram fontes da chancelaria.
Prevê-se que ambos os titulares abordem as denúncias da espionagem realizadas por agências norte-americanas de inteligências a correios eletrônicos e telefonemas de cidadãos e empresas brasileiras.
Estas acusações, reveladas pelo ex-analista da Agência Nacional de Segurança (NSA) Edward Snowden, motivaram grande mal-estar no governo do Brasil, que pediu explicações à Casa Branca sobre este proceder e o alcance de tais ações.
As autoridades brasileiras, em conjunto com outras nações membros do Mercado Comum do Sul (Mercosul), apresentaram uma denúncia ante o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Em meio a este contexto, o Congresso iniciou uma investigação sobre este tema e convidou ao embaixador estadunidense, Thomas Shannon, a uma audiência, à qual não compareceu.
O jornalista Glenn Greenwald, colunista do jornal britânico The Guardian, com residência no Brasil, assistiu ao Parlamento e declarou que interceptar dados eletrônicos e telefônicos no mundo por parte de agências de inteligências dos Estados Unidos, não são só para combater o terrorismo mas também para adquirir informações que lhe proporcionem vantagens comerciais e industriais.
Segundo dados oficiais, o comércio entre estas duas nações cresceu em 11,3 por cento nos últimos cinco anos e atingiu os 59,1 bilhões de dólares.
Estados Unidos é o país com maior investidor estrangeiro direto no Brasil, ao desembolsar 104 bilhões de dólares em 2010.
No Brasil, Kerry defendeu as espionagens e disse que o ato do seu governo tem como fim proteger a todo o mundo.

Informações e foto: Prensa Latina em Português

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