terça-feira, 27 de agosto de 2013

MAIS MEDICO: EM MEIO A HOSTILIZAÇÃO E BOAS VINDAS, MÉDICOS CUBANOS CHEGAM A BAHIA

Chegaram ao Brasil neste último final de semana vários médicos do exterior. Na Bahia chegaram por exemplo 50 médicos cubanos que irão trabalhar em várias cidades do interior que irão atuar em 22 cidades baianas. São elas, Adustina, Araci, Buritirama, Campo Alegre de Lourdes, Cansanção, Carinhanha, Central, Cocos, Coronel João Sá, Correntina, Formosa do Rio Preto, Itiúba, Jeremoabo, Macaúbas, Mansidão, Nova Soure, Remanso, Riacho de Santana, Serra Dourada, Sítio do Quinto, Souto Soares e Tucano.
Além de Cuba, também chegaram médicos de Portugal, Espanha, Itália, Argentina, Bolívia, Angola, México entre outros. Para o final deste ano está previsto a chegada de mais 4 mil profissionais cubanos.
Ao contrario dos médicos de outras nacionalidades, de Cuba, os profissionais virão através de um convenio com a Organização Pan-Americana de Saúde e os salários serão repassados a esta organização  que repassará ao governo Cubano que por sua vez fará o pagamento dos médicos. Sendo que parte deste montante ficará nas contas públicas daquele país caribenho.
A Ministra Populara para a Saúde de Cuba, respondeu as criticas de alguns setores contra seu governo, citando que para Cuba saúde não é negócio, que o caso do Brasil é humanitário, sendo que no seu país, os médicos são funcionários públicos portanto o salário é pago pelo governo. Citando ainda que Cubá possui médicos não só no Brasil, más também a vários países como Venezuela, Haiti, Bolívia e Argentina.
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales, que recebeu os estrangeiros, afirmou não saber quanto dos R$ 10 mil ficará com os médicos e quanto irá para o governo cubano. "Há uma perspectiva de outros convênios [de Cuba com outros países], onde médicos cubanos ficam com 25% a 40% do salário e cada profissional pode receber uma quantia diferente, dependendo do custo de vida do local. Essa relação trabalhista é [responsabilidade] da Opas e do governo cubano", disse. O valor total do acordo com a Opas é de R$ 511 milhões até fevereiro de 2014.
O sistema de pagamento dos médicos cubanos é diferente dos profissionais brasileiros e estrangeiros que se inscreveram de forma avulsa no programa, que receberão o salário diretamente do governo brasileiro. Além do salário, também serão fornecidos aos cubanos os demais benefícios oferecidos a aprovados no Mais Médicos (auxílio-moradia e alimentação), pagos pelas prefeituras que os receberão.
O acordo prevê, até o final do ano, a chegada de 4 mil médicos cubanos. Segundo Mozart Sales, o programa recebeu 400 pedidos por médicos em Pernambuco e, até o momento, só 74 vagas foram preenchidas.
Em conversa com os jornalistas, os profissionais negaram veementemente que tenham vindo ao País obrigados pelo governo cubano e falaram em “solidariedade”. Na saída para o saguão do terminal, ouviram palavras de ordem como “cubano amigo, Brasil está contigo” e agradecimentos pela aceitação a integrar o projeto. Uma das médicas chegou a chorar e disse que vir ao Brasil era uma ocasião “muito emocionante”.
De acordo com a médica Ivette López, não é verdadeira a acusação de setores ligados a partidos e organizações oposicionistas sobre uma suposta obrigação do governo da Ilha em vir ao País. “Não é certo. Não é verdade, ninguém não nos obrigou. Nós viemos aqui somente por solidariedade. Igual em outros países quando trabalhamos”, disse. 
A médica defendeu que os profissionais cubanos que chegaram à Bahia têm larga experiência em atendimento em outros países e continentes e que o objetivo do grupo é a ajudar o povo, enquanto a remuneração é um assunto de importância menor. “Não há preocupação com quanto vamos ganhar ou a bolsa. Esta não é a preocupação. Nós viemos aqui só por solidariedade”, disse.
Sobre os salários, os médicos de Cuba afirmaram que a profissão que eles escolheram foi para salvara vida e não só para ganhar dinheiro e ficar ricos.
Todos terão treinamentos de como lidar com as peculiaridades do povo, suas expressões e sua língua  E só após fazerem testes é que iniciarão seus trabalhos.

Na noite de ontem um grupo de médicos que chegou em Fortaleza foram hostilizados e até ameaçados de serem agredidos, por médicos brasileiros que não querem o Mais Médico.

Fotos: G1

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